A OUTRA
É uma companhia encantadora que condiciona sempre o seu bom humor para completar o meu. Não bebe, mas há dias que chega a inebriar-me. Não fala mas inspira-me a ideia de adivinhar o que quer dizer-me. É atractiva e de tal maneira bela que até os seus pequenos defeitos me encantam.
Tem um carácter provocante e anima-me a explorar o seu passado interessante, mas algo misterioso.
Mesmo sem maquilhagem, as suas cores são belas.
No passado alguém terá podido servir-se dela certamente, mas não lhe roubou mérito. Os seus amigos são os meus.
Quando está a meu lado não me sinto só e jamais me incomoda. Apesar de muitos anos de intimidade, ela prende continuamente a minha atenção.
Um desconhecido pergunta-me, quanto custa?
Não posso recordar-me, a qualidade é uma virtude que perdura e da qual se esquece o preço.
Não me compreende e murmura com entusiasmo: Parece-me que farias um grande negócio vendendo-a a alguém mais jovem.
Porque venderia o meu prazer e a minha felicidade? Seria uma heresia!
É o eterno capitalista que só actua por ganância. Se ele a comprava, estou certo que só a veria de vez em quando. Não saberia apreciar os seus encantos, e possivelmente a esconderia de tal modo que não poderia ser feliz com ela.
Desejaria que não deixe de manter-se viva. Se soubesse que o amor de outro era igual ao meu, a cederia, mas, vendê-la? Jamais!
Sou seu amante.
ELA É A FILATELA!...
É uma companhia encantadora que condiciona sempre o seu bom humor para completar o meu. Não bebe, mas há dias que chega a inebriar-me. Não fala mas inspira-me a ideia de adivinhar o que quer dizer-me. É atractiva e de tal maneira bela que até os seus pequenos defeitos me encantam.
Tem um carácter provocante e anima-me a explorar o seu passado interessante, mas algo misterioso.
Mesmo sem maquilhagem, as suas cores são belas.
No passado alguém terá podido servir-se dela certamente, mas não lhe roubou mérito. Os seus amigos são os meus.
Quando está a meu lado não me sinto só e jamais me incomoda. Apesar de muitos anos de intimidade, ela prende continuamente a minha atenção.
Um desconhecido pergunta-me, quanto custa?
Não posso recordar-me, a qualidade é uma virtude que perdura e da qual se esquece o preço.
Não me compreende e murmura com entusiasmo: Parece-me que farias um grande negócio vendendo-a a alguém mais jovem.
Porque venderia o meu prazer e a minha felicidade? Seria uma heresia!
É o eterno capitalista que só actua por ganância. Se ele a comprava, estou certo que só a veria de vez em quando. Não saberia apreciar os seus encantos, e possivelmente a esconderia de tal modo que não poderia ser feliz com ela.
Desejaria que não deixe de manter-se viva. Se soubesse que o amor de outro era igual ao meu, a cederia, mas, vendê-la? Jamais!
Sou seu amante.
ELA É A FILATELA!...
In revista FRANQUIA número um, de Janeiro de l974, tradução livre de Miguel Foz, pseudónimo de Daniel Costa, de um texto em espanhol, autor anónimo.
Bem Vindo!
"O Pontapé de saída" do Guia do Coleccionador começou no mês do Euro 2004 realizado do nosso Pais em Junho de 2004. Este projecto foi realizado a pensar nos coleccionadores Portugueses que já há algum tempo mereciam uma revista para combater o vazio que foi deixado pela Franquia do meu amigo Daniel Costa, que foi o grande mentor deste meu projecto.
FRANQUIA e Daniel Costa, foram sublinhados por mim.
Entrada da primeira web da revista FILNUMIS, do Barreiro, dirigida pelo amigo António Caetano, a quem agradeço a cortesia.
De facto, António Caetano foi assinante da FRANQUIA.
Tinha a veleidade de conhecer bem os amigos assinantes, pela correspondência.
O citado era um dos meus.
Daniel Costa
1 comentário:
Passou a "colecção" ...
Não as dos pequenos rectângulos, que também os há quadrados.
Mas os letras, as palavras, as ideias, enfim a escrita.
Parece-me que quem vive e revive o que gosta, conhece todos os caminhos ... e até os "passantes"!
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