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CORRIDAS DE TOIROS

Há uns anos, encontrei-me, casualmente, várias vezes com pessoa ligada à tauromaquia e dedicada ao periodismo especializado, na arte.
Entre as muitas conversas, saiu a sua colecção de selos estritamente relacionado com os toiros. Em selos postais tinha a convicção de ter todos os emitidos do tema, no mundo, até então.
Embora não fosse aficionado dois toiros, atirou-me a questão: porque será que em Portugal à “fiesta” não tinha sido perpetuada na filatelia? Uma tendo em conta uma vez que, o país tem uma certa tradição taurina e tem tido matadores excepcionais? Exímios executantes da arte do toureio equestre, uma arte muito lusitana?
Pois bem, em 19 de Fevereiro de 1992, por ocasião do centenário da catedral portuguesa dos toiros, a bela a majestosa Praça de Campo Pequeno, em Lisboa, apareceu uma série de quatro, com cenas do toireio equestre e um bloco com a praça centenária não deixaram de conseguir, os selos e as peças que então se lançaram.
O bloco que representa a forma estilizada do anfiteatro lisboeta, parece-me artisticamente bem conseguido.
Pelo contrário desenhado, tal como o bloco, por dois grandes artistas, Luís Filipe de Abreu e Maluda, parecem-me longe do colorido único e exuberante, que mostram os cartazes a anunciar as corridas.
Também observei postais máximos, em cujos suportes se pode comprovar a exuberância e bravura, que podem representar-se numa cena da tauromaquia portuguesa, algo que não foi conseguido no desenho do selo.
Link do bloco:
http://maludablog.umnomundo.eu/?p=604

Texto Daniel Costa in revista “Crónica Filatélica”, número 136 em Setembro de 1986. publicada em Madrid. Pela Afinsa.

SELOS NOVOS – LUXEMBURGO

A dois de Dezembro, com um carimbo comemorativo de Primeiro Dia de Emissão, das taxas 1,00, 0,90, 0,70 0,50 – 0,90 – 0,50 NATAL e 0,70 Euros.
São, respectivamente do tema música, Reis, Animais e Justiça.
Curiosamente, em Portugal, com uma cultura política extremamente atrasada, em todos os domínios, como se sabe, mormente em filatelia.
Façam o favor de reparar no exemplo vindo do Luxemburgo, que enviaram já ao Serviço FRANQUIA, todos os próprios selos novos. Reparem que temos a dois meses de distância.
Em Portugal chega a ser enviada a própria informação, depois da saída dos selos, conforme já tem sido noticiado.
Não admira pois, que o nosso país tenha o pior desempenho da Europa. A valia não é a menos verdade propagandística, tipo venda de banha da cobra, é o provar com factos!
Link de selos do Luxemburgo, não encontrei estes:
http://www.pt.lu/portal/cache/offonce/Philatelie/pid/2226
E-Mail Correios do Luxemburgo. ptofftim@pt.lu
Site: www.pt.lu

Daniel Costa

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CARMEM MIRANDA

O Serviço FRANQUIA sabe, particularmente, que Carmem Miranda será homenageada filatelicamente, pelos Correios de Portugal no próximo 2009, ano do Centenário do seu nascimento.
Nascida em Portugal, fez a sua carreira artística a partir Brasil. Actuou em vários países Sul Americanos e nos próprios Estados Unidos da América.
No século passado a ECT do Brasil, já a homenageara com selos.
De facto a grande artista Maria do Carmo Miranda da Cunha, de seu nome próprio, nasceu na freguesia de Várzea de Ovelha, do Concelho de Marco de Canavezes, Trás-os-Montes, em Portugal, a 9 Fevereiro de 1909.
Curiosamente, Cármen, tratando-se de abreviatura familiar de Maria do Carmo, veio a ser adoptado como nome artístico.
Fica link com várias fotografias artísticas:

http://images.google.pt/images?q=Carmen+Miranda&hl=pt-PT&um=1&ie=UTF-8&sa=X&oi=i

FILATELIA 77

De Brasil chegou, via E-Email, do Informativo com a designação em título, de bastante informação, no que à filatelia diz respeito. Visto que vem num espaço vasto, acho por bem deixar também links.
Chamo a atenção, para as notícias de Portugal. Por outro lado, no segundo, à esquerda, há links com a informação e alguns selos existentes no mundo, pelos temas possíveis de a estudar filatelicamente.

http://www.filatelia77.com.br/informativo/

http://www.filatelia77.com.br/


DINAMARCA


Os Correios da Dinamarca, divulgaram já o programa dos seus STAMPS 2009, um plano completíssimo, como não acontece em Portugal, o Pais que dá exemplos de negativismo aos seus parceiros da Europa, até mesmo nisto de emissão de selos.
Pois, da Dinamarca chegaram já todas as datas de emissão e as próprias cópias dos selos impressas por datas.
Que os Governos de Portugal aprendam, qualquer coisa. Não só da criação de factos políticos vive o homem. Realizações concretas são precisas!
Há cerca de trinta anos, ando a escrever sobre este assunto, que dá bem conta de as empresas do Estado terem gestão medíocre.
Tais pais, tais filhos!...

LIBRARY BRITSH

A entidade, será uma das maiores referências filatélicas museológicas do mundo da filatelia. A LIBRARY BRITSH, que tem recebido doações de grandes coleccionadores, anunciou agora ter recebido a Johns Collection.
Ficou mais enriquecido o vasto acervo!...
O museu tem também, uma grandiosa secção de literatura filatélica, quiçá a maior do mundo.
Como curiosidade, anote-se que a primitiva revista FRANQUIA, que criei e dirigi, fará parte do museu, que a assinou e recebeu sempre.


FESTAS FELIZES!...

Daniel Costa

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BOAS FESTAS DE NATAL
COM FILATELIA

Ao contrário de outros países, como por exemplo a vizinha Espanha, Portugal nunca teve por tradição emitir selos natalícios, quanto a mim erradamente, visto que o tema tem sido bastante adoptado, por todo o mundo.
A primeira vez que os, Correios de Portugal emitiram selos de Natal foi em 1974, em que Abílio de Mattos e Silva, desenhou quatro interessantes peças, cujos desenhos, foram inspirados no trajo da Nazaré e no seu próprio Folclore.
Seguiu-se depois a série de 1977, creio que fui eu o primeiro a dar a noticia, na revista FRANQUIA, recolhida no Porto, por ocasião da LUBRAPEX 76. Os desenhos foram escolhidos, em concurso escolar, por um Júri, formado para o efeito.
Para a posteridade, ficaram assinalados os nomes das desenhadoras, então adolescentes, foram elas: Maria do Sameiro A. Santos, Paula Maria L. David, Carla Maria M. Cruz e Rosa Maria M. Cardoso.
A série de quatro selos, saiu a 14 de Dezembro de 1977 e os prémios pelos desenhos, terá constituído para as autoras, um verdadeiro sonho de Natal.

Como cartão de Boas Festas Filatélicas, a ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE MAXIMAFILIA, enviou um Postal Máximo triplo, que realizou pelo seu trigésimo aniversário, evocado em 12/12/2008.
Foi realizado, a partir do postal suporte, com a fachada do edifício sede da Câmara Municipal de Lisboa, com o selo de 0,31 € emitido, numa série de oito e um bloco, em 05/10/2005, que evoca o centenário da primeira vereação republicana, eleita em l908, apresenta em cerca de um quarto da superfície, a mesma
A série denomina-se “O Ideário-Republicano.”
Como o carimbo foi composto com o desenho da estilização dessa fachada, temos então um Máximo Triplo, visto que estão contempladas as três regras de concordância dos elementos: postal, selos e carimbo. O lugar e o tempo também estão contemplados. O edifício está em Lisboa, o carimbo também, o tempo foi antes de cinco anos, depois da data de emissão.
Podemos falar de um bom Máximo triplo, ou não fosse realizado pela APM.

CURIOSIDADE: no postal editado pela Kronos – Edições, pode ver-se a parte lateral do edifício, em frente da lateral do edifício dos Correios do Terreiro do Paço e a Rua do Arsenal, com um Carro Eléctrico, dos antigos amarelos, na sua passagem pela Praça do Município.

SELOS NOVOS – MACAU

Artesanato Tradicional de Macau: Em 01/12/2008 foi emitida uma série de quatro selos e um bloco comemorativos.
Os selos têm as taxas de 1,50, 2,00, 2,50 e 3,50 Patacas, sendo o bloco de 10,00 Patacas.
Desenhador: Ng Wai Kin.
Impressor: Cartor Security Printing, França.

Ver: www.macaupost.gov.mo

Mail - philathely@macaupos.gov.mo


Daniel Costa

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MOSTRA FILATÉLICA
BOAS FESTAS
DAR SANGUE É VIDA

De 8 a 11 deste mês de Dezembro de 2008, o Grupo Filatélico da Associação Humanitária de Dadores de Sangue de Beja, com apoios da Federação Portuguesa de Filatelia –APD, Correios de Portugal e Direcção do centro Cultural e Desportivo do Hospital Distrital José Joaquim Fernandes - Beja, levou a efeito mais uma Mostra Filatélica, subordinada ao tema “Dar Sangue é Vida”.
Na Rua Poeta Afonso Lopes Vieira, 15, junto à Câmara Municipal, estiveram expostas as seguintes colecções:

“PORTUGAL – O PRIMEIRO DIA DO SELO”
“PORTUGAL – O DIA DO SELO DE DATA MÓVEL”
“PORTUGAL – O DIA DO SELO (1956/1983)”
“A HISTÓRIA DE PORTUGAL ( da Fundação da Nacionalidade à Revolução de Abril)
“A EXPANSÃO ULTRAMARINA PORTUGUESA”
“VIAGENS DE S.S. O PAPA JOÃO PAULO II (Filatelia Temática)

OUTROS: “ESPADAS DE LENDA”

No seu número3 (Março de 2004), da revista “Homenagem ao Dador de Sangue”, da Federação das Associações de Dadores de Sangue FAZ – PORTUGAL, José Geada de Sousa, da Associação de Dadores de Sangue de Beja e grande filatelista, em artigo de duas páginas A4, com reprodução de 12 selos de outros tantos países diferentes, alusivos, comemorativos, alertava, em título assim; “Correios de Portugal, precisa-se de um selo.”
Em 31/10/2008, finalmente os CTT, comemoraram o 50º. Aniversário da Medicina Tranfusional, depois designada Instituto Nacional de Sangue, uma série de 9 selos etiquetas EIFA a utilizar nas máquinas automáticas.
Foi com esses selos e o carimbo de Correios, alusivo, usado na Mostra Filatélica, ilustração apropriada, que foram realizados, envelopes comemorativos.
Convém recordar, o médico Wiliam Harvey, nascido em Folkestone a 1 de Abril de 1578 e falecido em Londres, a 3 de Junho de 1657, que pela primeira vez descreveu correctamente os detalhes do sistema circulatório do sangue ao ser bombeado, por todo o corpo pelo coração.
Foi precisamente, este cientista, que foi recordado, com a estilização da sua efígie, no carimbo comemorativo,


Daniel Costa

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PORTUGAL 2010

No ano de 2010, a implantação da República em Portugal fará 100 anos. Foi precisamente a cinco de Outubro de l910, que se deu a Revolução que depôs a Monarquia e veio a implantar a República.
A filatelia vai, também, assinalar o centésimo aniversário, com uma Exposição Mundial de Filatelia, sob os auspícios da FIP – Federação Internacional de Filatelia.
Responsabilidade financeira é dos Correios de Portugal.
O grande certame irá ter lugar no Parque da Nações em Lisboa, a 05/10/20l0, Encabeça a Comissão de Honra, o próprio Presidente da República Portuguesa.
A 5 de Outubro de 2007, foi lançada no Palácio de Belém, na presença do Presidente da República. Na mesma altura saiu o primeiro Boletim da Exposição.
No mesmo dia deste ano saiu nova série de selos, com o mesmo fim de assinalar o aniversário da Revolução, no âmbito da transcendental Exposição.
A Exposição está numa web site internacional,


DIA DO SELO

Segundo os vários noticiários chegado até à data, apenas haverá cinco carimbos comemorativos no dia 1º de Dezembro, feriado Nacional, eleito como Dia do Selo.
De grande festa da filatelia, o Dia do Selo, parece estar a passar à história,
De facto só o do Núcleo Filatélico e Coleccionismo de Braga faz referência ao Dia do Selo, que celebra com uma Mostra Filatélica. O motivo do carimbo o edifício estilizado de Theatro Circo.
Também a 32ª Mostra Filatélica do Clube de Campismo de Almada, a 01/12/2008, tem carimbo comemorativo.
Também a um de Dezembro, a Mostra Filatélica – A Globalização das Comunicações, tem Posto de Correio Temporário.

Ainda a um de Dezembro, a Mostra Filatélica do 30º Aniversário da Associação Portuguesa de Maximafilia, se realizará na Sede da Associação da Força Aérea Portuguesa, Rua Gago Coutinho, 129, 1700-129 Lisboa, onde funcionará Posto de Correio Temporário, com carimbo Comemorativo.
A correspondência para este Posto, deve ser enviada para: Estação de Correios Estados Unidos da América, 105 BC, 1700-994 LISBOA.

Recordando um pouco, o nascimento da A.P.M.
Por interferência do meu saudoso amigo Justino Estêvão da Silva, um divulgador da filatelia e entusiasta do Jamboreé, também no que diz respeito a carimbos comemorativos. A assinatura da escritura pública, teve lugar na sede inicial, no Praça Duque da Terceira, ao Cais do Sodré,
Assinaram: Engenheiro António dos Santos Furtado, Domingos Sacramento (falecidos), Joaquim Manuel Cortes e Daniel Cordeiro Costa, sendo que dois dos principais obreiros, têm o prazer de ter amigos na Direcção da colectividade aniversariante, a quem o Serviço FRANQUIA envia os parabéns.

Daniel Costa

DIA DO SELO
ALVALADE XXI

No presente ano de 2008, a comemoração oficial de “dia do Selo”, teve lugar em Lisboa, Estádio ALVALADE XXI, como habitualmente, no dia 1º. de Dezembro, feriado nacional, comemorativo da Restauração.
No mesmo dia a Secção Filatélica do Sporting Clube de Portugal, como o Serviço FRANQUIA anunciou, levou a sua VII Exposição Mostra – Mostra Competitiva, denominada genericamente, por FILAPEX 2008.
A competição deu-se entre dois grupos, um pelo Sporting Cube de Portugal, outro pela Associação Poveira de Coleccionismo.
Ambos, constituíram equipas de sete elementos, cada, que apresentaram sete especialidades da filatelia, a saber: Filatelia Tradicional, História Postal, Inteiros Postais, Filatelia Temática, Maximafilia, Classe Aberta e Juventude.
Todos os nomes, são de filatelistas de prestígio, que apresentaram boas colecções.
Um Júri constituído, atribuiu a vitoriar aos representantes da Secção Filatélica do Sporting Clube de Portugal com 683 pontos. A que representou Associação Poveira de Coleccionismo ficou com 668.
Houve carimbo postal comemorativo, em Posto de Correio Temporário, para obliterar as correspondências de quem o desejasse.
Foram realizados belos Postais Máximos, tendo como suporte o postal, Edição Deltiológica, emblema do Sporting, carimbo comemorativo da Exposição e selo comemorativo do Centenário do Clube, em 2006, tendo o emblema leonino.
Os Máximos são óptimos. Realizou-os o especialista, João Pinheiro da Silva, que também participou, como expositor pelo Sporting.
A Federação Portuguesa de Filatelia APD – Aderiu, tornou ali oficial o “DIA DO SELO”, e entregou prémios aos filatelistas distinguidos em 2008.
A organização apresentou em brochura, um catálogo, referente ao certame, bastante concorrido, numa simbiose, entre Filatelia e Desporto,
A capa, inevitavelmente, tem o emblema do Sporting e a estilização do ALVALADE XXI.


Daniel Costa

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“PÊRA DE SATANAZ”

Quem goste de estudar compêndios de filatelia, sobretudo estrangeiros, poderá encontrar referências a falsificadores que, quase do princípio, se dedicaram a aproveitar-se da boa fé dos coleccionadores de selos postais.
Os que mais se mencionam, são precisamente, os que tinham o objectivo direccionado para os filatelistas, entre outros de fama justificada, como os irmãos Spiro de Hamburgo, François Fournier, ou Jean de Separati, que se ufanava de poder apresentar falsificações, que enganariam qualquer expert.
Porém, houve falsificadores, que se dedicaram a fazer selos postais, cujo objectivo era o de obter, naturalmente, grandes somas, defraudando os serviços de correios.
Houve em Portugal um desses falsificadores, cuja fama, se liga com a filatelia. Tratou-se de Alfredo Alves Mendes, mais conhecido como “Pêra de Satanaz”, de que se faz referência nos catálogos de selos de Portugal, por o selo de 25 réis em cor castanha, com a imagem frontal de D. Luís (catálogo Afinsa, número 57), numa variante falsa, que como se verá, foi um mestre profissional de falsificações.
Esta variante designada por “Pêra de Satanaz”, distingue-se facilmente dos verdadeiros, pelo seu denteado irregular e imperfeito e ainda pela sua pouco cuidada impressão.
Demais a referência a este falsificador português, natural do Porto, pelo que tenho visto, nunca uma publicação filatélica se terá ocupado da personagem, de modo que, será interessante conhecer da sua actividade criminosa do homem, que a mencionada estampilha imortalizou.
Alfredo Mendes Alves, o “Pêra de Satanaz” de facto, inquilino frequente de cadeias, donde algumas vezes se evadiu.
Condenado por vários roubos no Porto e em outras localidades do norte, chegou a ter cela fixa na Azambuja, onde esteve preso por falsificar bilhetes de lotaria.
Veio a ser condenado, de novo põe actividades ilícitas em Lisboa e Madrid em 1868. Fugiu e voltou a ser capturado, cumprindo mais um ano de pena.
Dedicou-se então a falsificar moedas, o que lhe valeu uma condenação de cinco anos de desterro no Ultramar. Uma apelação fez com que o preso viesse estacionar na penitenciária do Limoeiro, a aguardar resolução definitiva.
Definitivamente, não tinha paciência para grandes esperas. Foi assim que, em 31 de Dezembro de 1880, protagonizou uma fuga espectacular. Foi apanhado em Viseu e depois de um ano de desterro em África, regressou a Lisboa.
Apareceram depois novas moedas de 500 Réis, a cuja origem fraudulenta se aliou um comissário de polícia, uma vez mais, até 12 Maio de 1886, “Pêra” só pôde ver através das grades aos quadradinhos.
Por fim, chego aos selos, ainda em 1886, “Pêra de Satanaz” voltou ao presídio do Limoeiro, onde foi de visita a um jovem de 17 anos, que cumpria uma leve condenação. Tratava-se dum empregado da Casa da Moeda.
O motivo da visita era a de conseguir um acordo, que o falsificador delineara, enquanto incutia bons ensinamentos.
Depois de escolher meticulosamente todos os colaboradores e quando considerou, que o ingénuo jovem estava bastante preparado, como peça fundamental do seu plano, pôs mãos à obra. Obteve assim clandestinamente, as pranchas dos selos de 25 réis (também as do 500 réis).
O papel procedeu de mesma fonte. Adquiriu uma máquina de impressão Minerva, por 20 escudos, num estabelecimento da Praça Camões, em Lisboa.
Necessitava de tudo isto para produzir selos em série, que iriam competir com os do Serviço de Correios.
Então precisava de um sistema de vendas, que não chamasse a atenção das autoridades. Dessa tarefa se encarregou um tal Caetano Simões, um rapaz empregado de padaria, que apodavam de “o Abade”.
Timidamente, as estampilhas apareceram nas imediações de Lisboa, mas pouco a pouco começou a notar-se a sua proliferação. As razões para justificar a venda eram plausíveis:
- “O Abade” tinha recebido selos de correio, que lhe tinham sido enviados por um amigo, de África em pagamento de algo e não tinha correspondência suficiente, para os gastar todos. Estava disposto a perder dinheiro, vendendo-os por junto.
Até ao exame periódico às pranchas, na Casa da Moeda, os falsos selos impressos com as autênticas foram inundando o mercado.
Foi a desaparição das pranchas, que alertou os Serviços do Correio e em consequência as autoridades.
Depois de vigiar com toda a cautela o “Pêra de Satanaz” e de seguir os cúmplices, estendeu-se a rede. O primeiro a cair foi o “Abade”, que acabou por confessar a trama.
Isto fez com que o falsificador, acabasse com ossos na cadeia, para cumprir a última pena, uma vez que, quando saiu da penitenciária, foi para o Hospital de S. José, onde acabou os seus dias.

Daniel Costa – fez o estudo, publicado em espanhol, na revista “Crónica Filatélica”, da Afinsa de Madrid número, 116 de Novembro de 1994.

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ESCUTISMO

Abordar o escutismo, sem mencionar o criador do grande movimento que, o mundo conhece hoje é inevitável.
De facto, o Escutismo foi fundado por Lorde Roberto Ttephenson Smith Baden-Pawell, em 1907, sendo um movimento mundial, educacional, sem fins lucrativos.
Foi lenta e cuidadosamente, que Baden-Pwell foi desenvolvendo a ideia do movimento. Ele próprio testou a ideia, na prática acampando, com um grupo de 20 rapazes na ilha de Brownsea, no Canal da Mancha.
Foi aí, que no Verão de 1907 se realizou o primeiro acampamento de escuteiros, do mundo.
Em 1982, comemorando a 18ª. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ESCUTISMO, os Correios de Portugal emitiram uma série de oito selos (nº.s 888/893, cat, Afinsa), de que o inefável Engenheiro António dos Santos Furtado, um dos pioneiros e animador, do movimento maximafilista internacional, realizou Postais máximos.
O tema Europa de 2007, para celebrar o centenário da sua criação, por Baden-Pawell, foi justamente, subordinado ao respectivo Centenário.
Os Correios de Portugal, emitiram em 09/05/2007, três blocos filatélicos alusivos, como habitualmente, para o Continente, Açores e Madeira.
Do Europa Portugal, a propósito da Mostra Filatélica, que o Cineclube de Monção realizou de Homenagem aos Escuteiros locais, na Casa-Museu de Monção, da Universidade do Minho, para que os CTT, concederam carimbo comemorativo, cujo desenho estilizado é um Chapéu de Escuteiro.
A partir desse carimbo e do bloco, relativo ao Continente, onde foram realizados interessantes Postais Máximos Triplos, uma vez que o postal, edição dos Escuteiros locais, é composto por um pequeno grupo, em que dois rapazes, estão de chapéu, tal como no selo do bloco.
Há notar que o carimbo de Monção, satisfaz a regra de lugar, porquanto o escutismo é de toda a parte.
Eis como o Cineclube de Monção homenageou os Escuteiro, enquanto enriquecia a maximafilia de Portugal.

Daniel Costa

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