quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Filatelia


Georgios Sparis
Comissário da Grécia



Nasry Bendeck
Comissário das Honduras
VÁ PROGRAMANDO A ESTADIA DE UNS DIAS EM LISBOA, DE 1 A 10 DE OUTUBRO DE 2010, TERÁ UMA CIDADE BONITA E ANTIGA PARA APRECIAR, UM CLIMA AMENO E A EXPOSIÇÃO DE FILATELIA, PORTUGAL 2010, A FESTA DA FILATELIA MUNDIAL PARA VISITAR!


TEMA CINEMA

Como se sabe há bastantes filatelistas que baseiam a sua colecção num tema, num assunto, em estudo, porque tentar fazer um país completo hoje é uma tarefa hercúlea, devido à raridade de muitas peças e do inerente custo. Para a maioria das bolsas seria incomportável também.
Coleccionar à maneira clássica, por pais e por catálogo é mais viável fazê-lo a partir duma determinada época, como por exemplo a partir da Revolução de 25 de Abril, para o caso de selos de Portugal.
Há centenas de temas por que podemos optar, um deles é o do cinema. Os cinéfilos, por exemplo, podem pesquisar alguns filmes, ou actores, realizadores, etc. através dos selos e vice-versa.
Recebo regularmente a revista Sul Coreana “Stamp Review” (em Inglês). Notícia que em 27/10/2009, os Correios daquele país Oriental, lançaram uma série de quatro selos e uma folha de 12, onde estes a compõem, a fazer parte de um grupo, homenageando a produção cinematográfica do país.

Pode ser um início aliciante, porém o mundo ocidental constitui um maná para os que venham a abordar o tema.
Muitos países evocaram, em selos o centenário do cinema, como Portugal o fez em 1966, os com a numeração do Cat. Afinsa 2356/2361, e uma série de três blocos, um com selos, números do mesmo Cat. 172/174.

Entretanto, talvez mais do que em outro país, bastantes artistas da sétima arte foram filatelizados, nomeadamente nos Estados Unidos.
Deve recordar-se que 6 de Outubro, Carmen Miranda mais uma vez figurou num selo, do Brasil que também teve lançamento oficial, com Carimbo Comemorativo, na LUBRAPEX 2009, na cidade de Évora.

Devo lembrar que uma colecção de assunto, pode ser uma que englobe apenas actores de cinema, como é o caso do de Cármen Miranda, ou os de Portugal Comemorativos do centenário de Cinema em 1996.


Link da entrevista que o Director da Filatelia do CTT me concedeu em 27/10/2009.


Também publicado no JORNAL DA AMADORA, em 14/11/2009

Daniel Costa

2 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Caríssimo Daniel Costa

Isto é para profissionais e não para amadores de leitura como eu.
Pensei que se "juntavam" selos e não que se catalogavam.
Não sei se teria pachorra para andar á +procura de actores, actrizes ou filmes.
Gostei de uns antigos de borboletas, animais, parece- me que Angolanos.
Reservei alguns que estão "arrecadados".
Continue, gosto de o ler e viver o que o meu amigo vive.

Um abração.

RENATA CORDEIRO disse...

Olá, Anjo!
Muito Bom! Nada sabia! Se me dedicas, eu te dededico (singelo sentimento)

"Eram os anos 60 que transcorriam em turbulência. No Brasil, o regime militar em vigor podava os nossos talentos e a cultura parecia estagnada. A pobreza e o abandono, a miséria nordestina, a seca, o crescimento das favelas davam o mote para os intelectuais engajados. O modelo americano imperava e a censura calava a boca dos que tinham algo relevante a dizer. Foi neste clima bélico que o jovem cineasta Glauber Rocha propôs uma nova estética para o cinema brasileiro. Algo que representasse a nossa realidade. Que fosse contrario a tudo que fosse oficial ou maquiasse a realidade nacional. Ele propôs aos cineastas que se filmasse apenas com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça. Isso bastava. A idéia e a imagem. E que estética seria essa? A estética humana, do sofrimento, da dor, da opressão, a estética da fome. Foi o surgimento do chamado ‘Cinema Novo’. “Vidas Secas” de Nelson Pereira dos Santos e os Fuzis de Rui Guerra, foram dois filmes emblemáticos deste cinema emergente, mas o representante máximo foi, sem duvida, “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, junto com “Terra em Transe” e “Barravento” do Glauber, que foi com certeza o maior defensor deste movimento e desta passagem importante do cinema nacional. Seus filme são duros, densos, tristes, sem realizações e sem amor. Não era possível amar e alcançar nada tendo o estômago vazio.
Hoje o cineasta baiano faz aniversário de morte. Ele se foi no dia 22 de agosto de 1981. Nesta época ele estava vivendo em Portugal, mas veio morrer no Brasil. Seu corpo foi velado no ‘Parque Lage’, que serviu de cenário para Terra em Transe. Tinha pouco mais de 40 anos, mas já tinha feito tanta coisa, filmes, filhos, livros... Nunca me esquecerei da cena de ‘Deus e o Diabo’ em que Antonio da Mortes mata Corisco, aquela música de fundo, antes do jagunço cair morto: “...se entrega Corisco... –eu não me entrego, não...’. e depois a perseguição a Rosa e Manoel (vividos por Ioná Magalhães e Geraldo Del’ Rey), eles correndo nas areias da praia... ficou marcado pra sempre na minha cabeça. Por tudo isso estou aqui esta noite, relembrando Glauber e falando do Cinema Novo, que levou o filme nacional para o mundo e mostrou a nossa verdadeira cara. Esta foi uma das generosas contribuições do cineasta.

Obrigada
Beijos

O unicórnio está open and free!