quinta-feira, 18 de junho de 2009

adiafa filatelia



SELO APÁTRIDA

A 14/11/1995, os CTT – Correios de Portugal lançaram uma série, de um selo comemorativo do Natal desse ano, que logo se designou por Apátrida, dado a primeira tranche de 150.000, sair sem a palavra Portugal.
A tiragem foi de 500.000, tendo os outros 350.000 a palavra a designar o país emissor.
Em 1996 foi-me remetida carta de Setúbal taxada com um selo com a palavra Portugal invertida.
Contactado por escrito, aquele amigo filatelista, soube que me fizera o obséquio, pois sabia do que se tratava.
Tinha conseguido adquirir dez selos com esse erro de fabrico, os últimos ainda existentes, na Estação da Anunciada, em Setúbal, a única daquela cidade que o recebeu.
Segundo o que conseguiu apurar foram recebido 1800 selos, possivelmente haveria mais folhas de selos, com o erro. Uma de cem foi vendida a uma firma, a qual foi abordada de seguida, porém já tinha gasto todos a selar correspondência.
Dizia aquele amigo: “muitos selos terão chegado a vários pontos do pais, a taxar correspondência e estarão no lixo.”
Fui talvez o único a abordar por escrito, em artigo publicado na extinta revista “Crónica Filatélica,” da Afinsa, em Madrid, creio ser essa a razão, porque o Erro vem mencionado no Catálogo Afinsa, e em “NOTA DE ABERTURA,” no “Bolsa Jornal Clube FRANQUIA.”
Por razões óbvias, não posso ter a certeza se foram ultrapassadas barreiras, presumo que sim, porém não devo divulgar o nome do amigo, mas arquivei as várias correspondências sobre o assunto.
Ofereci o erro a um amigo, coleccionador especializado, por me merecer a acção.
Sobre o selo, dito Apátrida, respingo do meu próprio artigo na “Crónica Filatélica”:
“… é evidente que o caso de haver 150.000 selos, sem a palavra Portugal, não foi erro inocente ... tanto mais que na revista CRÓNICA FILATÉLICA, de Madrid, no número 129 de Janeiro de 1996, aparecia um artigo de página, ilustrado com dois funcionários, apresentado a respectiva maqueta da peça, sem o nome do país.”
O Erro de fabrico, no selo comemorativo do Natal 1995, pelo que fica dito, tem de ser considerado raro, embora tenha sabido de mais outros, que estiveram á venda no mercado da filatelia.

Daniel Costa

segunda-feira, 15 de junho de 2009

adiafa filatelia



ERRO EM BLOCO

Como se sabe, as falhas de impressão que aparecem em filatelia, quando detectadas, são indícios de raridade, algo que pode conferir às respectivas peças o carácter de preciosidades, pelo que tenho prazer em divulgar as que tenho conhecimento.
Apresento uma que me foi comunicada pelo seu possuidor, José Augusto Consolado Rodrigues, de Rossio, ao sul do Tejo, a quem agradeço a informação sobre o bloco, a partir de cópias.
Qualifico este erro fabuloso.
Trata-se do bloco (Afinsa 135), com a Praça de Toiros do Campo Pequeno, em Lisboa, como é possível ver, num dos exemplares, o errado, numa parte da Praça, não aparece a cor tijolo.
Como poderá ser observado, através de um conta fios, o bloco desenhado genialmente pela pintora Maluda, foi impresso por cores directas e não com as clássicas quatro cores primárias de selecção: o amarelo, azul, magenta e preto.
Esse é o erro, veja-se o exemplar normal.
O bloco faz parte de uma série, com mais quatro selos, emitida em 18/02/1992, evocando o centenário da célebre Praça do Campo Pequeno.
Veio enriquecer o Tema Taurino, um Tema que faltava em Portugal, um dos países, onde a festa brava tem tradição, faltava assinalar filatelicamente, como então sucedeu.
O Tema não será rico em material raro, um erro com tanta nitidez, numa tiragem de apenas 100.000 exemplares, terá de ser considerada peça muito destacada, uma vez, ser sabido haver controlo de qualidade nos CTT – Correios de Portugal, precisamente para evitar a saída de exemplares com erros.

Daniel Costa





quinta-feira, 11 de junho de 2009

adiafa filatelia




JOSÉ SARAMAGO

Quando se pensava concluído o Programa de Emissões Filatélicas de 1988, inesperadamente os CTT anunciaram a emissão, um bloco de homenagem a José Saramago, por ter sido galadoado com o Prémio Nobel de Literatura 1998.

Não há muito, em 1996, o especialista cinematográfico João Benard da Costa, no lançamento do seu livro, O CINEMA PORTUGUÊS NUNCA EXISTIU, lamentou-se por não ter podido fazer outra selecção dos nomes que iam figurar em na série, 100 ANOS DO CINEMA EM PORTUGAL, devido à tradição de os CTT não homenagearem figura vivas.

Quando o Professor Egas Moniz recebeu o Prémio Nobel da Medicina, só em 1966, depois da sua morte, integrado numa série denominada Cientistas Portugueses (Afinsa 387) e foi necessário o Centenário do seu nascimento para que, em 1974, se homenageasse com uma série de três selos (Afinsa 1239/1241).

Portanto, José Saramago constituiu uma excepção, o precedente que pode terminar com uma regra preconcebida.

Por exemplo, figuras como Carlos Lopes ou Rosa Mota que conseguiram estrondosas vitórias em corridas de maratonas em Olimpíadas, também foram vitórias de todo um País, de todo um povo. Uma razão que deveria justificar comemoração em selos postais.

Não pretendo, de modo algum comparar a repercussão de um Prémio Nobel, com a de um vencedor de uma maratona Olímpica, só assinalar que podem voltar a dar-se mais ocasiões que será necessário ter em conta, demais já tenho ouvido falar do selo como embaixador de um País.

Este o principal argumento!

Volto a José Saramago com obras, como o “Memorial do Convento”, ou “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, apesar de ter una agenda carregada, a que tem de se submeter um laureado com o Prémio Nobel, não deixou de aceitar o convite a estar presente na cerimónia do lançamento do Bloco Filatélico, em sua homenagem, em 15/12/1998, na sede dos CTT.

A cerimónia contou com presenças de escritores e outras personalidades da cultura. Assistiram Norberto Pilar, Presidente dos CTT, José Manuel Mendes, Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Engenheiro João Cravinho, Ministro do Equipamento, Planeamento e Instrução do Território e Leonor Coutinho, Secretária de Estado.

Vários oradores tiveram o uso da palavra para, como é natural, felicitar e elogiar o laureado. José Saramago, por sua vez, proferiu um pequeno discurso, em tom coloquial, como se tivesse a dar voz a BLIMUNDA, a personagem mais interessante do “Memorial do Convento”.

Na presença de numerosos meios de comunicação entre eles a TVE (Espanha), o laureado, convidado de honra, apôs o carimbo de Primeiro Dia de Emissão num bloco sobre envelope.


A homenagem dos CTT – Correios de Portugal, ao Prémio Nobel da Literatura 1998, terminou com um vinho do Porto.

José Saramago prestou-se a dar autógrafos em FDC’s que lhe apresentaram, por certo ficaram valorizados, porque terá sido ocasião única porque, compreensivelmente, não haverá muitas destas peças filatélicas com o seu autógrafo.

Os Correis de Portugal, pela boca do actual (à data) Presidente, afirmaram privilegiar a cultura e mais uma vez demonstraram, objectivamente, essa tendência.

Porém devem fazê-lo mais amplamente, um bloco em geral, é dirigido a um mercado restrito, o dos coleccionadores de selos, muito mais no caso, com um valor facial de 200$00, que pouca aplicação tem, tendo em conta as actuais taxas.

Devia ter sido criado um selo com taxa adequada, por exemplo, para os países da EU, para uma circulação mais geral.

Devo realçar que no seu discurso e não sem um certo humor, José Saramago também fez referência ao pormenor.

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Saiu na Crónica Filatélica da Afinsa de Madrid, número 173 – Fevereiro de 1999, em espanhol, porque me desfiz do original em português procedi a uma retroversão livre.

Daniel Costa

quinta-feira, 4 de junho de 2009

filatelia



SELOS NOVOS – PORTUGAL

Sabores da Lusofonia: No dia 05/06/2009 será lançada série selo, com carimbos comemorativos de Primeiro Dia, nas Estações dos Restauradores – Lisboa; Município – Porto; Zarco – Funchal e Antero de Quental – Ponta Delgada.Taxas e tiragens: 0,32 € X 2 - 350.000 X 20,68 € X 2 - 250.000 X 20,80 € X 2 - 200.000 X 2Bloco com selo de 1,85 - 68.000Desenhos: Atelier Acácio Santos/Hélder SoaresFotos: Mário CerdeiraDe que forma a gastronomia de um povo pode ser influenciada por outros povos que com ele compartilharam, ainda que por períodos limitados, experiências, vivências e territórios.


Mesmo admitindo que a maioria dos casos esta interpretação cultural se deveu a processos nem sempre pacíficos – invasões, cobiça, etc. – o certo é que a gastronomia do “invasor” e do “invadido” acabaram por se enriquecer com a troca deste “saberes primordiais”, com a troca destas “artes e do tempero” que terão sido das primeiras a despontar no alvor da humanidade.

Neste Portugal pequeno que grande se viu pelas notáveis culturas com que contracenou – em África, no Brasil e no Oriente – muito cedo se manifestaram as consequências da diáspora da mesa. Pela chegada das especiarias, pela divulgação do açúcar, mas também pelos contactos com os novos produtos – cacau, batata, milho – que muito enriqueceram a panóplia da luso gula.

CAVALO LUSITANO

Cavalo Lusitano: No dia 11/06/009, será lançada uma série de selos com carimbo comemorativo de Primeiro Dia de Emissão nas estações dos Restauradores – Lisboa; Município – Porto; Zarco – Funchal; Antero de Quental – Ponta Delgada e Estação de Correios de Cascais, Av. do Ultramar 2, Cascais.Taxas e tiragens:

0,32 € X 2 – 330.000 X 2

0,57 € – 200.000

0,68 € – 230.0000,80 € - 200.000

Bloco com selo de selo de 2,50 € - 60.000

Desenhos: Atelier José BrandãoFotos: @ Aurélio Grilo/@Mark Wentein/@Pedro Bettecourt

Impressão: INCM

Nos últimos séculos o Lusitano destacou-se por ser o cavalo por excelência para a Arte equestre e do toureio mas para além de ser cavalo de mas, para além de ser o cavalo que mais prazer dá montar, continua a surpreender pela sua natural aptidão para os Obstáculos, Ensino e Atrelagem de competição onde aliás já alcançou por duas vezes, o título da Campeão do Mundo. Também na Equitação de Trabalho se distingue ao obter os mais importantes títulos internacionais.

SELOS NOVOS – MACAU

Seng-You – Privérbios III: Em 01/06/2009 com carimbo comemorativo de Primeiro Dia de Emissão.

Taxas e tiragens: 1,50 patacas X 2 – 140.000 X 2

3,50 Patacas X 2 – 140.000 X 2

Bloco com selo de 10,00 patacas – 200.000

Desenhos: Ying Degang

Impressão: Osterreichiche Staatdsdruckerei.

Nota: além dos selos serem postos à venda em Casas Filatélicas de Portugal. Deixo o Mail do departamento respectivo dos Correios de Macau: philateliy@macaupost.gov.mo

Daniel Costa